quarta-feira, 28 de julho de 2010

As Pontes de Madson

There is a pleasure in the pathless woods,
There is a rapture on the lonely shore,
There is society, where none intrudes,
By the deep sea, and music in its roar:
I love not man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne’er express, yet cannot all conceal.
                                                                                       L. Byron




Mais do que me jogar de cabeça. É não ter medo de fazê-lo, de errar, de enfrentar todas as desilusões que possam ocorrer. Começa assim, pequenas doses de paixão, suor, palavras que aceleram as batidas no peito. A imaginação viaja por todos os mundos e mesmo assim você não acredita que isso está acontecendo com você. Não nesse instante, quando tudo parecia tão paralelo, tão distante e tão...sem graça. Nem do mais alto precipício, nem da mais alta ponte eu conseguiria sentir tal emoção. Sou exagerada, confesso. Intensidade deveria ser meu nome do meio e sem noção o sobrenome. Mas a teimosia me pega fazendo cócegas para que eu insista em insistir. Aquela velha história da romântica incorrigível dá as caras novamente[...]
O importante não é o quanto eu arrisque e erre, e sim o quanto de aprendizado eu consigo tirar disso. E o veredicto final é sempre o mesmo: nunca aprenderei nada; nem com as paixões, muito menos com o amor.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Por favor, desliguem seus pagers e celulares.

Era só isso que eu queria. Era tudo uma questão de paz e ar fresco. Normalmente eu encontraria isso na praia, mas nem a praia me satisfazia mais. Isso chegou a ser meio preocupante, levando em conta que às vezes me sinto em situações diárias de fugas. Tenho a impressão de que nunca estou satisfeita com nada e fujo. O tédio me acha, eu corro. As pessoas me acham, eu corro. Chegam as preocupações, as contas, até as calorias! E eu fujo, sem perceber. Dou as costas para quase tudo que um dia me tiraria o sono. Descobrir que ver uma criança de seis anos brincando com seus bonecos de plástico ou uma linda menina de cachinhos loiros, olhos bem azuis e uma mãozinha tão delicada e ao mesmo tempo tão forte, capaz de agarrar a sua boneca enquanto tenta não perder o impulso no balanço não tem preço, foi de longe uma das melhores sensações que tive hoje. E só de pensar que muita gente vai embora sem nunca ter percebido isso...dá um nó no coração!
Hoje eu só quero saber de dormir em paz...

segunda-feira, 5 de julho de 2010


"Não dá mais pra mim. Pra eu poder viver aqui sem ter a ti. Não dava pra prever que eu não ia mais te ter, não dava pra saber que ia me deixar, me trocar por outro alguém. Olho para trás e ver a alegria que você não foi capaz de me causar. Penso nesse tempo que passei sem perceber que não queria mais e hoje estás com outro alguém[...]"


muitos temores nascem do cansaço[...]

Esses olhos marejados não se explicam facilmente. Talvez eu nem esteja procurando por alguma explicação, alguma lógica nesse emaranhado de pensamentos confusos. Ou talvez eu quisesse ter a certeza de que, de alguma forma, pertenço a algum lugar e que nesse lugar, as pessoas se encaixam no meu eu, na minha presença. Mas não. Não é a toa que uma das minhas passagens favoritas do Apanhador é um diálogo entre o Holden e a Sally, em que eles discutem sobre a futilidade dos grupos de seu colégio . E Holden se mostra indignado, pois aparentemente não consegue enxergar nada de nada naquele ou em outro lugar qualquer. E é exatamente como me sinto. Fora de adaptação em espaço ou tempo que seja. Sabe aquelas sensações que nos levam a horas e horas de conversas de bar e no fim da cerveja não chegamos nem à metade de expressar-se inteiramente? Pois então, esse é um exemplo fantástico de como me sinto e no momento, como só disponho da minha cama, um café e algumas torradas, não consigo ter paciência para levar isso aqui à frente e afinal, acho que não quero mais.



- Concordo! Concordo, alguns deles encontram mesmo. Mas eu só encontro isso. Compreendeu? Esse é que é o caso. É exatamente o meu problema. Não encontro praticamente nada em nada. Estou mal de vida. Estou péssimo.
- E está mesmo.