'E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser...'
Toda a distância, todo esse tempo ultrapassado e prejudicado pôde ser resgatado dentro de mim e em alguma parte você estava lá, quietinho, manso, como deveria estar. As lembranças nunca morreram, por mais que eu fugisse, lá estavam. Nunca esquecerei do bem que você me fa(e)z, de todos os sorrisos sinceros, todas as brigas, - aquelas em que eu queria morrer por não conseguir guardar uma gota de raiva de ti - todos os abraços eternos onde o tempo poderia parar. E parou. E acabou. Três semanas. Três palavras; você sabe, ninguém mais pode saber.
'...Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.'
Obrigada, eu te amo.