domingo, 27 de maio de 2012

tons de casa.

Todos  os dias quero fugir por um momento de dentro de mim e voar dentro de outros corpos, onde a existência talvez seja mais fácil (?). Bobagem. Existir já é um caos completo e seja dentro de quem for, nada pode ser mais agonizante do que ter que existir. Nos delegam a função, nos botam com a cara no vento e nem ao menos dizem: 'Vai. Voa. Pode tentar o quanto for, você não vai conseguir. Mas tente. Viva.' São nulas as direções e os espaços que nos conduzem (ou tentam) a algum lugar. 
Aqui vai mais um momento de crise, onde não cabemos mais em nós mesmos. Onde o corpo é pequeno demais pra acomodar tanta emoção. E isso não é necessariamente ruim ou obscuro, do contrário ao que pensam. Isso simplesmente é. 
Deve existir alguma coisinha dentro de nós, algum compartimento desconhecido até mesmo pelos melhores homens de laboratório, um espacinho que incha tanto quanto podemos aguentar. E às vezes não aguentamos. E ai recorremos a qualquer objeto ou sujeito que diminua ou nos faça esquecer esse inchaço no peito, por um tempo. Às vezes esse tempo dura um mês, dois, um ano e já vi casos onde dura vinte. Até que esse sujeito-objeto (por que muitas vezes deixam de ser para nos servir.) deixe o espacinho inchar novamente.
E aí vem um novo caos...












"Eles dizem: 'Ei garoto! Você encontrou o que estava procurando?'
Isso significa que eles não me conhecem

pois está aqui e é isso o que eles não podem ver..."