segunda-feira, 5 de julho de 2010

muitos temores nascem do cansaço[...]

Esses olhos marejados não se explicam facilmente. Talvez eu nem esteja procurando por alguma explicação, alguma lógica nesse emaranhado de pensamentos confusos. Ou talvez eu quisesse ter a certeza de que, de alguma forma, pertenço a algum lugar e que nesse lugar, as pessoas se encaixam no meu eu, na minha presença. Mas não. Não é a toa que uma das minhas passagens favoritas do Apanhador é um diálogo entre o Holden e a Sally, em que eles discutem sobre a futilidade dos grupos de seu colégio . E Holden se mostra indignado, pois aparentemente não consegue enxergar nada de nada naquele ou em outro lugar qualquer. E é exatamente como me sinto. Fora de adaptação em espaço ou tempo que seja. Sabe aquelas sensações que nos levam a horas e horas de conversas de bar e no fim da cerveja não chegamos nem à metade de expressar-se inteiramente? Pois então, esse é um exemplo fantástico de como me sinto e no momento, como só disponho da minha cama, um café e algumas torradas, não consigo ter paciência para levar isso aqui à frente e afinal, acho que não quero mais.



- Concordo! Concordo, alguns deles encontram mesmo. Mas eu só encontro isso. Compreendeu? Esse é que é o caso. É exatamente o meu problema. Não encontro praticamente nada em nada. Estou mal de vida. Estou péssimo.
- E está mesmo.

Um comentário:

  1. os apanhadores sofrem
    são pipas sem cerol no mundo armado
    são coringas no baralho...
    O que é ser um joker no meio de números? ou estar do lado do retalhador do rei, e dos submissos dama e valete.
    É no contexto que vai passando do contraste do mundo cinza e do calor colorido subjetivo, que...

    como optar por cobertores quentes neste inverno,
    as vezes me adequo melhor em meu mundo interno.

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